"No hay porvenir sin Marx. Sin la memoria y sin la herencia de Marx: en todo caso de un cierto Marx: de su genio, de al menos uno de sus espíritus. Pues ésta será nuestra hipótesis o más bien nuestra toma de partido: hay más de uno, debe haber más de uno." — Jacques Derrida

"Los hombres hacen su propia historia, pero no la hacen a su libre arbitrio, bajo circunstancias elegidas por ellos mismos, sino bajo aquellas circunstancias con que se encuentran directamente, que existen y les han sido legadas por el pasado. La tradición de todas las generaciones muertas oprime como una pesadilla el cerebro de los vivos. Y cuando éstos aparentan dedicarse precisamente a transformarse y a transformar las cosas, a crear algo nunca visto, en estas épocas de crisis revolucionaria es precisamente cuando conjuran temerosos en su auxilio los espíritus del pasado, toman prestados sus nombres, sus consignas de guerra, su ropaje, para, con este disfraz de vejez venerable y este lenguaje prestado, representar la nueva escena de la historia universal" Karl Marx

7/11/13

Para uma crítica do trabalho imaterial

Karl Marx ✆ Fer 
Zaira Rodrigues Vieira  |  Tomemos a definição de trabalho imaterial dada por Lazzarato: do ponto de vista de seu  ‘conteúdo’, “o trabalho imaterial é o trabalho que produz o conteúdo informacional e cultural da mercadoria (...). Do ponto de vista da ‘forma’, a atividade imaterial pode ser apreendida apenas pela ‘implicação da subjetividade’ e a cooperação produtiva do trabalhador coletivo” (1992/2: 54-55) ou ainda, trata-se da “produção e reprodução da comunicação e, portanto, seu conteúdo mais importante: a subjetividade.” (1993/2). Nossa compreensão do trabalho cientificizado é diferente do que pudemos apreender nos vários autores que trataram deste assunto. A nosso ver, trata-se de uma forma social do trabalho que permanece apresentando os traços indicados por Marx, fundamentalmente o de se constituir numa interação do homem com seu mundo natural externo (sua natureza inorgânica) e com a sua própria natureza. O trabalho atual não é algo que implique a subjetividade dos agentes de maneira exclusiva ou independente das determinações objetivas da atividade – como o entende, entre outros, também Virno.

A chave da leitura dos Grundrisse feita por estes autores talvez não seja, ela, sim, o materialismo, mas um certo tipo de
idealismo que entende os processos humanos à partir de um ponto de vista abstrato pelo qual são apenas certos complexos ideais, como a política, a ética ou a linguagem – entendidos como autônomos em relação ao trabalho e suas determinações, que podem explicar a vida humana e os problemas a ela correlatos.  Ao que parece, entretanto, a produção não se tornou, nos últimos decênios, processo comunicacional tout court ou processo ‘subjetivizado’, mas um processo social que dá forma aos sujeitos assim como aos objetos da produção. Tratar-se-ia justamente daquilo que Marx disse nos Grundrisse:
Nesta mutação, não é nem o trabalho imediato efetuado pelo homem, nem seu tempo de trabalho, mas a apropriação de sua própria força produtiva geral, sua compreensão e sua dominação da natureza por sua existência enquanto corpo social ou, numa palavra, o desenvolvimento do indivíduo social que aparece como o grande pilar fundamental da produção e da riqueza.  (1980, II: 221-223/592-594).
O trabalho, como bem antecipou Marx, não é mais fundamentalmente expropriação de tempo de trabalho imediato, mas “atividade científica em geral”, “aplicação teconológica das ciências naturais”, “apropriação de sua força produtiva em geral”. Assim como os sujeitos vêm a ser objetivamente, também eles, sujeitos sociais, no lugar dos individuos isolados no processo de produção. Neste texto de Marx, tratar-se-ia, de uma resolução da alienação [Entfremdung], da cisão entre indivíduo e sociedade. De uma resolução feita realidade no processo mesmo do desenvolvimento do capital. Superação objetiva pela qual a atividade dos indivíduos vem a ser
imediatamente universal ou 'social'; os momentos objetivos da produção são despojados desta forma de alienação [Entfremdung], eles são postos, então, como propriedade, como corpo social orgânico no qual os indivíduos se reproduzem enquanto indivíduos singulares, mas indivíduos singulares sociais. As condições que os fazem o que são na reprodução de sua vida, em seu processo vital produtivo, não foram postas senão pelo próprio processo econômico histórico - tanto as condições objetivas, quanto as subjetivas - as quais são apenas as duas formas diferentes destas mesmas condições. (Marx, 1980, II : 323)
Como sabemos, ester autor fez, em sua obra juvenil, a crítica da hipóstase idealista das determinações humanas, defendendo o reconhecimento do mundo dos homens - e portanto, também, de sua produção material e imaterial – como objetividades. É justamente nesta direção que tentaremos, também nós, interrogar a atualidade da produção, bem como as leituras que dela têm sido feitas. À partir de Lukács, bem como da obra de Marx, é, a nosso ver, possível compreender e explicar porque a maior parte dos autores que trataram deste tema, como Habermas, Negri, Tronti, Lazzarato, Gorz, etc. insistiram e insistem, ainda, sobre determinações humanas, como as "competências lingüísticas, as propensões éticas, as nuances da subjetividade". (Virno, 1992/2.: 52) entendidas sempre como opostas ou descoladas do trabalho2. Ao que parece, eles entendem o trabalho à maneira de Adam Smith, ou seja, apenas como castigo e submissão sem mais, dos homens, a um poder externo. Eles o entendem apenas como Entfremdung. Daí porque o saber produzido na atualidade do trabalho - na medida em que se trata de um saber produzido de forma relativamente livre – nao é mais, segundo alguns, um saber objetivado, útil ou “instrumental”. Segundo Gorz: “Diferentemente das concepções courantes, o saber, aqui, não aparece como um saber objetivado, composto de conhecimentos e informações, mas como atividade social que constrói relações comunicativas não submetidas a um comando.” (2003: 20).
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◆ El que busca, encuentra...

Todo lo sólido se desvanece en el aire; todo lo sagrado es profano, y los hombres, al fin, se ven forzados a considerar serenamente sus condiciones de existencia y sus relaciones recíprocasKarl Marx

Not@s sobre Marx, marxismo, socialismo y la Revolución 2.0

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Entrevista a Juan Geymonat: Por un marxismo sin citas a Marx — Hemisferio Izquierdo
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Jorge L. Acanda: "Hace falta una lectura de Marx que hunda raíces en las fuentes originarias del pensamiento de Marx" — La Linea de Fuego

— Notas sobre Lenin y la Revolución de Octubre
Guillermo Almeyra: Qué fue la Revolución Rusa — La Jornada
Jorge Figueroa: Dos revoluciones que cambiaron el mundo y el arte — La Gaceta
Gilberto López y Rivas: La revolución socialista de 1917 y la cuestión nacional y colonial — La Jornada
Aldo Agosti: Repensar la Revolución Rusa — Memoria
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Entretien avec Tariq Ali: L’héritage de Vladimir Lénine — Contretemps
Andrea Catone: La Rivoluzione d’Ottobre e il Movimento Socialista Mondiale in una prospettiva storica — Marx XXI
Michael Löwy: De la Revolución de Octubre al Ecocomunismo del Siglo XXI — Herramienta
Serge Halimi: Il secolo di Lenin — Rifondazione Comunista
Víctor Arrogante: La Gran Revolución de octubre — El Plural
Luis Bilbao: El mundo a un siglo de la Revolución de Octubre — Rebelión
Samir Amin: La Revolución de Octubre cien años después — El Viejo Topo
Luis Fernando Valdés-López: Revolución rusa, 100 años después — Portaluz
Ester Kandel: El centenario de la Revolución de octubre — Kaos en la Red
Daniel Gaido: Come fare la rivoluzione senza prendere il potere...a luglio — PalermoGrad
Eugenio del Río: Repensando la experiencia soviética — Ctxt
Pablo Stancanelli: Presentación el Atlas de la Revolución rusa - Pan, paz, tierra... libertad — Le Monde Diplomatique
Gabriel Quirici: La Revolución Rusa desafió a la izquierda, al marxismo y al capitalismo [Audio] — Del Sol

— Notas sobre la película “El joven Karl Marx”, del cineasta haitiano Raoul Peck
Eduardo Mackenzie:"Le jeune Karl Marx ", le film le plus récent du réalisateur Raoul Peck vient de sortir en France — Dreuz
Minou Petrovski: Pourquoi Raoul Peck, cinéaste haïtien, s’intéresse-t-il à la jeunesse de Karl Marx en 2017? — HuffPost
Antônio Lima Jûnior: [Resenha] O jovem Karl Marx – Raoul Peck (2017) — Fundaçâo Dinarco Reis
La película "El joven Karl Marx" llegará a los cines en el 2017 — Amistad Hispano-Soviética
Boris Lefebvre: "Le jeune Karl Marx": de la rencontre avec Engels au Manifeste — Révolution Pernamente

— Notas sobre el maestro István Mészáros, recientemente fallecido
Matteo Bifone: Oltre Il Capitale. Verso una teoria della transizione, a cura di R. Mapelli — Materialismo Storico
Gabriel Vargas Lozano, Hillel Ticktin: István Mészáros: pensar la alienación y la crisis del capitalismo — SinPermiso
Carmen Bohórquez: István Mészáros, ahora y siempre — Red 58
István Mészáros: Reflexiones sobre la Nueva Internacional — Rebelión
Ricardo Antunes: Sobre "Más allá del capital", de István Mészáros — Herramienta
Francisco Farina: Hasta la Victoria: István Mészáros — Marcha
István Mészáros in memoriam : Capitalism and Ecological Destruction — Climate & Capitalism.us