Karl Marx ✆ Ingrid Bouws |
Vivek Chibber * | Aproximadamente na última
década, o debate sobre a teoria marxista da história parece ter perdido força.
Isto não é algo inteiramente surpreendente, considerando a enorme energia
investida nessa questão durante cerca de um Quarto de século – nenhum debate
pode durar eternamente. Ao mesmo tempo, calmarías como essa podem ser
interpretadas como uma oportunidade para um escrutínio, por assim dizer.1 Isto
é particularmente verdadeiro no que concerne ao debate sobre o materialismo
histórico, já que essa é uma área na qual seus protagonistas seguiram
meticulosamente o fio da meada de seus argumentos e se esforçaram para manter
clareza. Na realidade, é possível mapear a extensão em que determinadas proposições
sobreviveram ao escrutínio, bem como argumentos opostos se mantiveram firmes.
Grande parte do crédito por ter instilado essa cultura nos debates marxistas é
de G. A. Cohen, cujo livro Karl Marx’s Theory of History: a
Defence quase que por si só elevou a qualidade dos argumentos sobre
o tema.2 De fato, a recente publicação de uma nova edição desse livro é um momento
oportuno para indagar sobre o lugar da teoria hoje.3
O livro de Cohen não é notável
apenas pela clareza e pela força do seu argumento. Ele também tem o mérito de
ressuscitar uma